quarta-feira, 21 de setembro de 2011

2008 – O ANO DO GOLPE



Muita gente se pergunta sobre em que momento nasceu a candidatura do prefeito petista cassado Francisco Antonio, de Esperantina. Embora a milionária eleição que o elegeu se deu em 05 de outubro de 2008, dois anos antes o Palácio de Karnak já havia batido o martelo e decido pelo próximo gestor da terra da Cachoeira do Urubú. 2006: o parto de um golpe...

Mal acabara de se reeleger governador do Estado do Piauí, antes mesmo de assumir o segundo mandato, Wellington Dias (PT) reuniu a cúpula dominante do seu partido além de seus assessores especiais – comparsas de sindicato e de movimentos de greves e de quebra-quebra, também conhecidos por Clube dos 13.

Regina Sousa (secretária estadual de Administração), Lucile Moura (EMGERPI), Jesus Rodrigues (Detran), Antonio José (Educação), Cristiane Sekeff (Comunicação), Merlong Solano (Agespisa), Karenine Eulálio (DER) e outros detentores de não menor poder na cúpula do Governo do Estado, sob a batuta da vaidade e a da obstinação de poder a qualquer preço de sua alteza Wellington Dias. Ave César!

O tema da reunião conspiratória era uma tradução perfeita para o que se vivia naqueles dias. A eleição do governador ao Senado da República. E ai você pergunta: mas era final de 2006 e a eleição para o Senado só se daria dali a 4 anos, em 2010, correto? Errado. Isto visto de um governante de mente equilibrada, altruísta e honesta. Não era o caso. Aqui, apenas um homem dominado selvagemente pela vaidade e suas vontades leis. E ponto final. A era do cálice e cale-se!

Ao final da reunião tinha-se o nome dos 20 maiores e mais influentes municípios do Piauí e dado “carta branca” ao Governo do Estado para intervir neles e garantir, não importando o custo, a “ocupação” destas 20 prefeituras pelo PT nas eleições municipais de 2008. A partir desta noite toda a máquina administrativa e financeira do Governo do Estado do Piauí passou a se comportar como aparelho e fundo partidários usados a serviço da falta de escrúpulo de Wellington Dias para alçar um poder ainda maior. Assistimos pasmos ao Estado ser confiscado, seu patrimônio ora destruído ora saqueado, intervir nos valores sociais instituindo o suborno como moeda pública e a impunidade como lei única e soberana. Inaugurou-se no Piauí uma eficiente e cruel cortina de ferro, lembrando a saga nazista que elegeu a raça ariana como raça pura e única. Os petistas, na visão particular deles, eram os arianos da vez, os senhores absolutos da imprensa, do legislativo e do judiciário. Um regime que asfixiava a democracia e devolvia ao Piauí sua condição de sesmaria.


Tudo isso se passou nos dias derradeiros de 2006. Em janeiro de 2007, no início do segundo mandato de governador de Wellington Dias (PT), o Governo do Estado agora sob as rédias curtas e manipuladoras da companheirada deu início ao pacto firmado semana antes...


Nota: Em breve publicaremos a segunda parte deste Relato. Continua.  

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